Um grande abraço!
(Bruno Capelas, Cris Ambrosio, Federowski, Aninha, Renata, Dinha, Arthur Bernardo, Tati Rosset e Alcir Del' Guy)
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O filme, lançado na França em 2009, estreou por aqui esse mês, e segue a mesma linha tomada pelo escritor René Goscinny (criador do personagem Astérix, também homenageado no roteiro) de narrar a história sob o ponto de vista de uma criança – o que poderia soar artificial, mas aqui funciona perfeitamente, porque, paralelamente, existe a narrativa dos “adultos”: vê-se a discussão dos pais, a insatisfação do pai em relação ao trabalho, a professora que não quer passar vergonha na frente do ministro. O diretor Laurent Tirard (de As Aventuras de Molière) capta bem o ponto de vista infantil explorado por Goscinny, o que faz com que o filme agrade tanto adultos quanto o público infantil – as cópias dubladas foram outro acerto da distribuidora Imovision, responsável pela adaptação dos nomes dos personagens para o português.O diretor Laurent Tirard pretende filmar também Astérix, em breve. Esperemos que essa versão faça jus a Goscinny, ao contrário do que se tem feito até agora com o personagem gaulês.
Por isso, talvez ele não faça tanto sentido para aqueles que nem sequer tinham ouvido falar desse tal de Nicolau. A história se trata do amadurecimento em uma fase da vida que nos é muito cara de uma forma divertida, e esse efeito é alcançado porque nos identificamos com certas situações. Mas essa identificação perde metade da graça e significa muito menos se não estamos familiarizados com a história.
Um artigo de maio passado publicado no site Pitchfork a respeito de um novo estilo de música começava com uma declaração de um dos artistas desse estilo mais ou menos assim: "Eu sinto que muito da música feita hoje em dia é feita online. As cenas locais não são mais importantes". Não é mistério para ninguém que a internet virou ferramenta indispensável para qualquer banda hoje em dia: parafraseando Chacrinha, “quem não se conecta se trumbica”. Mas será que essa é uma onda tão forte que passaram a ignorar quem faz o seu som na rua do lado, no quarteirão de trás? Será que as bandas não se juntam mais pra organizar movimentos locais? Nunca mais teremos uma outra Seattle, uma outra Los Angeles do Verão do Amor, uma Recife do Manguebeat, ou coisa que o valha?
A vizinhança de links se tornou onipotente em relação à vizinhança dos quarteirões de uma cidade? Há algo além dos sons e das palavras codificados em bits e bytes? O calor, a vibração, a troca de olhares entre as pessoas, nada mais disso importa?
Curiosamente, o diretor também fez Closer, outro drama romântico, isso já em 2004. E o que acabou sobrando daquele seu filme pra este? Tudo. Se prestarmos atenção, veremos que a semente de Closer está no final de A Primeira Noite de um Homem. Closer também é um filme fiel ao seu próprio tempo, o nosso tempo. O tempo do pós-68, da pós-modernidade, da morte das utopias. Assim, sem a utopia e o romantismo, sobra somente o desejo e, mais que isso, a racionalização de tudo, até do amor. Closer, espelho de nossa sociedade, é a coroação dos relacionamentos infelizes, das pessoas solitárias, sem amor algum pra dar ou pra receber, sempre pensando somente em si mesmas. Trata-se, acima de tudo, do nosso egoísmo.
VALE A PENA CONFERIR:
Keith Jarrett – The Köln Concert
A partir de 73, o pianista iniciou uma série de concertos solo completamente improvisados. Este, gravado na Cologne Opera House, em Köln, na Alemanha, é o álbum de piano-solo mais vendido de todos os tempos. Um dos discos mais bonitos já lançados pela ECM.
VALE A PENA CONFERIR:
Egberto Gismonti & Charlie Haden – In Montreal
Egberto Gismonti é um dos Beatles da música instrumental brasileira (junto com Hermeto Pascoal), mas ainda assim não consegue sobreviver gravando por selos brasileiros. Esta apresentação no festival de Montreal junto ao baixista americano de jazz Charlie Haden é uma das mais comoventes de sua carreira.
VALE A PENA CONFERIR:
Jan Garbarek – Witchi-Tai-To
Mais tarde, Jan Garbarek passou a tender mais e mais em direção à New Age, mas em 74, seu som ainda era uma mescla de melodias escandinávias agradáveis às inovações do improviso do jazz de então. Um belíssimo álbum que ilustra perfeitamente o som ECM.
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