segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final (1991)

É um filme de ação, mas que questiona a natureza humana de destruição. Ganhou todos os prêmios de Efeitos Especiais da época. Sucesso de público indiscutível. Foi o filme mais caro até então feito. E foi escrito, dirigido e produzido por James Cameron. Seria a sua melhor obra?

Sim, estou falando de Terminator 2: Judgement Day. O filme que está presente em todos top100 de fãs de cinema e na metade dos de críticos, além de ser respeitado por fãs de ficção científica. Mais do que isso, entrou pra cultura pop. É o tipo de filme que não precisa ser apresentado, ao menos por se tratar de um exterminador que veio do futuro (dã) interpretado por Arnold Schwarzenegger, falando o famoso “Hasta La Vista Baby”. E por incrível que pareça, o jargão tão repetido, só é falado uma vez durante os dois filmes.

Mas o que o tornou um clássico? Um antecessor bom. E o tal se assemelha a todos os grandes filmes de ação em que as catástrofes são em pequena escala: Acontece em Los Angeles. E assim como em Blade Runner, num futuro próximo e possível, andróides serão armas de destruição de potencial infinito voltados contra a raça humana. Mas de uma forma sincera, o filme (assim como a respectiva seqüência) não faz reflexões existenciais profundas, apesar de ambas (Terminator 1 e Blade Runner) serem baseadas em obras literárias respeitadas do mesmo gênero.

O personagem em Exterminador 1 pode até ter feito a carreira de Schwarzenegger, mas foi com o segundo que ele ficou de fato eternizado. Além de algumas falas a mais, há carisma e humor naquele ator, que antes da franquia, só havia feitos filmes baseados no seu físico notável. E apesar de o filme ter sido lançado em 1991 - e a história se passar em 1995 - o clima anos 80 está mais latente do que nunca. Os penteados, os fliperamas, a trilha sonora. Destaque para toda a seqüência ao som de "You Could Be Mine" de um Guns N’ Roses no auge, que representa melhor do que ninguém essa transição entre os anos oitenta e noventa.

E se sobrepondo à qualidade dos efeitos que até hoje impressionam, o conteúdo em si das cenas se destaca. Cenas como helicópteros perseguindo automóveis, caminhões perseguindo lambretas, além das individuais do próprio exterminador, são exageradas na medida certa. O que se percebe durante toda a obra é isso. Não a originalidade, mas a forma como é montado.

Característica que tentou ser repetida em Avatar, mas sem tanto sucesso, pelo menos no aspecto qualitativo. A mensagem explícita, sem analogias forçadas durante o filme: “É da natureza de vocês se destruírem”, somado a um discurso final, propõe reflexões - já ambientais - sem delongas. Junto com cenas que abordam problemas familiares, com um timing para reflexão em meio a tanta ação, tornam o filme completo em todos os sentidos. É, vai ser difícil superá-lo, James. Axl Rose que o diga.


5 comentários:

  1. Já disse pelo Twitter - e talvez não devesse fazê-lo aqui, mas... Mandou BENZAÇO, Dinha. Texto leve, engraçado, reflexivo e - melhor de tudo - pop. Um dos melhores do blog até agora.

    Parabéns.

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  2. Bem escrito e bem pensado pra caralho.
    coisa linda de se ver (:

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  3. E que venha... The Expendables! HAHA
    http://www.imdb.com/title/tt1320253/

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  4. Adorei! Mandou muito, Dinha! Eu talvez tentaria investir mais na comparação com Avatar, pra marcar bem o quão atual tá o texto, mas parabéns !
    Beijooo

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  5. Então, eu adorei o seu texto (de verdade).
    Mas digamos que você me ganhou com "cenas de caminhões perseguindo lambretas". Sou apaixonada por lambretas, completamente apaixonada por lambretas ... hsuahauhsa

    Diferentemente de todo mundo, vou te falar que prefiro bem mais um outro texto seu...um outro lá x)

    Com carinho

    PS: Hasta La Vista Baby ;)

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